domingo, 21 de março de 2010

Lesões ligamentares no JOELHO


O joelho é uma articulação que permite movimentos de flexão, extensão e alguns graus de rotação. Sua estabilidade medial e lateral é provida através de ligamentos medial e lateral resistentes ( lig.colateral medial e lig.colateral lateral ), enquanto sua estabilidade anterior e posterior é provida pelos ligamentos cruzados anterior e posterior. Deste modo os ligamentos são vulneráveis a qualquer movimento que force o joelho a mover-se em planos anormais, e tais lesões são relativamente comuns em esportes que grande esforço físico ( futebol, corridas, maratonas, TRIATHLON, entre outros ).
Um ligamento pode ser distorcido ( distendido com ruptura de poucas fibras ) ou pode ser rompido parcial ou até completamente.
1. Rupturas do ligamento medial
Como o lado externo do joelho está mais exposto é o mais frequentemente lesado, ele é o mais rompido que qualquer outro ligamento do joelho. Uma violenta batido sobre o lado lateral, forçando o joelho em valgo estaremos rompendo ou distendendo o ligamento medial.
Dependendo da força do trauma podemos não só lesar este ligamento, mas também lesar menisco medial, lig.cruzado anterior ( tríade infeliz descrita por O`DONOGHUE.
• TRATAMENTO: Nas rupturas parciais o único tratamento necessário é a aspiração da hemartrose e a imobilização do joelho estendido por 6 semanas, onde o indivíduo será forçado a realizar exercícios isométricos do quadriceps.
Nas rupturas completas do ligamento medial ( em especial às ligadas ao lig.cruzado anterior ), a articulação do joelho está instável, sendo preciso em jovens e atletas a exploração cirúrgica imediata da articulação, fazendo o reparo cirúrgico do ligamento rompido e cápsula se estiver rompida, após cirurgia imobilização do joelho por 6 semanas.
2. Rupturas do ligamento lateral
As rupturas do ligamento lateral são menos comuns que a do medial, uma complicação única das rupturas do ligamento lateral é a lesão por tração do nervo fibular comum, que pode ser irrecuperável.
• TRATAMENTO: IDEM AO LIG.COLATERAL MEDIAL.
3. Rupturas dos ligamentos cruzados
Os ligamentos cruzados podem ser rompidos em associação as lesões dos ligamentos medial e lateral, mas podem também ocorrer isoladas do ligamento cruzado. Assim a tíbia é dirigida para frente em relação ao fêmur ou vice – versa ou até mesmo quando a articulação é hiperestendida, o ligamento cruzado anterior pode ser rompido ( pode-se fazer o teste de gaveta anterior para confirmar a instabilidade do joelho ).
O mecanismo reverso da lesão pode trazer uma lesão do cruzado posterior ( pode-se fazer o teste de gaveta posterior para confirmar instabilidade do joelho ).
• TRATAMENTO: o reparo cirúrgico é difícil e a forma mais razoável de tratamento para não atletas é a imobilização do joelho em cilindro gessado, o indivíduo pode caminhar com o aparelho gessado após 6 semanas e realizar exercícios isométricos do quadríceps. Em atletas ativos que exigem boa estabilidade do joelho, métodos de reparação intra e extra-articular são efetivos.
4. Complicações das lesões ligamentares do joelho
A complicação mais desagradável especialmente em atletas é a instabilidade residual da articulação do joelho. Exercícios ativos são indicados e auxiliam a desenvolver a força dos músculos ( particularmente do quadríceps )
A reparação tardia pode necessitar de reparações cirúrgicas reconstrutivas.

http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://medicinadaaventura.vilabol.uol.com.br/LCA.jpg&imgrefurl=http://medicinadaaventura.vilabol.uol.com.br/lca.htm&h=530&w=617&sz=84&tbnid=Zw9ymT8ya3dA0M:&tbnh=117&tbnw=136&prev=/images%3Fq%3Dles%25C3%25A3o%2Bligamentar&usg=__K-t_5NieuS9Wc3oKAXl4IXzzvJQ=&ei=GxymS-rGFc2PuAeaqZGIAg&sa=X&oi=image_result&resnum=6&ct=image&ved=0CBcQ9QEwBQ

sábado, 20 de março de 2010

Fibromialgia

A fibromialgia e uma síndrome dolorosa não-inflamatória, caracterizada por dores musculares difusas, fadiga, cansaço e dor em pontos dolorosos específicos sob pressão (pontos no corpo com sensibilidade aumentada ou tender-points). A palavra Fibromialgia deriva do latim fibro (tecido fibroso: tendões, fáscias), do grego mio (tecido muscular), algos (dor - algós) e ia (condição). É entidade nosológica reconhecida desde meados do século XIX com outras denominações - fibrosite, dor muscular crônica, reumatismo psicogénico, mialgia por tensão, ou mesmo confundida com sintomas de somatização. A síndrome de fibromialgia ou somente fibromialgia é classificada como sendo um dos tipos de Reumatismos Extra-articulares, dos quais fazem parte as tendinites (tendinoses), as mialgias (dores musculares em geral), síndromes do túnel do carpo e tarso, bursites não infecciosas, entre outras. Pela denominação da sua classificação, a fibromialgia não acomete as articulações, como ocorre com os outros tipos de reumatismos.
Afeta apenas as chamadas "partes moles". Há cada vez mais evidências que esta síndrome seja causada por lesões musculares que permanecem no corpo de alguns indivíduos, provoca dores generalizadas nos músculos, ligamentos, tendões e fáscias (tipo de tecido fibroso que envolve todas as estruturas do corpo, inclusive as citadas anteriormente). As dores da fibromialgia podem variar de níveis de intensidade dependendo do paciente, de quais são os pontos do corpo afetados, de qual o estágio da síndrome ele se encontra naquele momento, se ele está ou não em crise, pelas condições do clima, do equilíbrio hormonal (nas mulheres), do estado psico-emocional, entre outros fatores. As dores podem variar desde uma simples sensação dolorosa até níveis insuportáveis ao toque da(s) área(s), ao movimento ou também com o corpo inerte (parado). Podem-se manifestar por períodos de horas, dias, meses ou permanentemente, em áreas diversas ou mais localizadamente. Portanto, geralmente as dores apresentam-se distribuídas pelo corpo e não necessariamente têm de ter simetria, ou seja, elas podem variar de intensidade de um lado em relação ao outro.
As dores podem ou não serem acompanhadas de manifestações associadas. Destas últimas, as mais frequentes são: alterações quantitativas e qualitativas do sono ou distúrbios do sono, fadiga, cefaleias, alterações cognitivas (p. ex: problemas de memória e concentração), parestesias/disestesias (amortecimentos), irritabilidade emocional e, em cerca de 75% dos casos, depressão, entre outras. A Fibromialgia não possui um método de diagnóstico direto, portanto há a necessidade de se diagnosticar tal síndrome por exclusão. Ou seja, o médico necessitará fazer vários exames de imagem e de laboratório para excluir a possibilidade de os sintomas serem provocados por algum outro acometimento e se acaso o resultado for negativo para estes, o profissional tocará os pontos pré-determinados para o diagnóstico de fibromialgia e constatará ser de fato a síndrome. Os pontos avaliados são em total 18, sendo que ao se constatar dor intensa em mais de 10 deles, confirma-se o diagnóstico.
A Fibromialgia, de forma direta, não oferece risco de morte. Porém, de forma indireta, ela poderá trazer sérias consequências ao portador. Como a maioria necessita de administração de medicamentos muito fortes para a dor por longos períodos (anos, décadas - tais como: anti-inflamatórios, analgésicos e até morfina ou os seus derivados (em casos mais graves)- o fibromiálgico poderá ficar vulnerável a ter algum problema sério de saúde e vir a não perceber, ou perceber muito tarde. Se acaso o paciente com fibromialgia tiver por exemplo: pneumonia, apendicite, infecção urinária, úlcera, etc., estes problemas podem ser percebidos quando já estiverem em estado avançado, pois as medicações tiram as dores iniciais destes acometimentos e elas também não permitem que a febre se manifeste tão facilmente. Assim, o portador de fibromialgia deve estar muito atento para que não passe a correr riscos por causa da necessidade do uso das medicações para dor por tempo prolongado.
Incidência: acomete cerca 2% a 4% da população adulta nos países ocidentais e as mulheres são 5 a 9 vezes mais afetadas do que os homens. A idade predominante do aparecimento dos sintomas oscila entre os 20 e os 50 anos. As crianças (há citações de casos com 2 anos de idade), os jovens entre 16 e 17 anos e também os indivíduos acima de 50 anos podem começar a apresentar .
Causas: Lesões músculo-esqueléticas que vão se acumulando com o decorrer do tempo. Os traumatismos provocados por quedas, esforço exagerado, acidentes, etc., em alguns indivíduos, podem permanecer latentes até por décadas e com o acúmulo deles no corpo, se poderá chegar a um momento em que eles se generalizem por quase todas as áreas. A diminuição de serotonina e o aumento de neurotransmissores, como da substância P, provocam maior sensibilidade à dor e podem estar implicados na diminuição do fluxo de sangue que ocorre nos músculos e tecidos superficiais encontrados nesses casos.
Tratamento: O tratamento da fibromialgia inclui medicamentos e medidas assistência fisioterapêutica. Por ser uma doença idiopática (de causa desconhecida), a ênfase deve ser dada à redução dos sintomas de dor e na melhora da saúde de maneira geral.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Fibromialgia

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Reumatismo das partes moles

Muitos estados traumáticos são acompanhados de incapacidade temporária ou permanente. O traumatismo pode ocorrer como um acidente único e violento com imediato aparecimento da lesão ou ser o resultado de traumas crônicos resultantes de hábitos posturais ou ocupacionais que originam fadiga muscular persistente, desequilíbrio músculo-fáscio-tendíneo e tensão. Assim, utiliza-se o termo "Reumatismos de partes moles" ou "Reumatismo extra articulares", para definir o estado doloroso agudo, subagudo ou crônico, das estruturas periarticulares, quais sejam: músculos, ligamentos, bursas, fáscias, aponeurosas e tendões. As entidades que se reunem sob o rótulo de reumatismo de partes moles apresentam como denominador comum dor e rigidez músculo-esquelética. Constituem as principais causas de morbidade e falta ao trabalho, causando pesado ônus às empresas e à sociedade. Estima-se que a cada ano, sete entre 100 pessoas procurem auxílio dos serviços de saúde com quadro típico de "reumatismo de partes moles".

REUMATISMO PARTES MOLES LOCALIZADO
Nessa categoria incluímos as bursites, tendinites e tenossinovites, e as entesopatias.
Bursites, tendinites e tenossinovites - Do ponto de vista histologico, as "bursas" e as bainhas tendinosas são muito semelhantes. Como tecido adventício, não possuem membrana basal e são compostas por um aglomerado de células fibroblásticas, que assim como as células sinoviais, apresentam funções macrofágicas e secretoras. As "bursas" geralmente formam uma cavidade achatada, enquanto que os leitos tendinosos são estruturas longas e tubulares. Secretam colágeno, proteoglicanos, enzimas como a colagenase e outras substâncias. As "bursas" têm como função proteger os tecidos moles das proeminéncias ósseas adjacentes, auxiliando na lubrificação das estruturas articulares. As bursites representam manifestações clínicas em locais diversos, que tem como características comum, dor localizada e disfunção. As causas mais frequentes de bursites são as traumáticas e designada segundo a estrutura anatomica que compromete. A sede mais comum dessas lesões são as bursas do olécrano, as pré-patelares, subacromial e trocanteriana. Além do trauma, as bursites podem estar associadas a outras condições clínicas, como doenças metabolicas do tipo da gota e pseudogota, doenças inflamatórias do tecido conectivo, como a artrite reumatóide, e processos infecciosos localizados. Os processos infecciososa das "bursas" geralmente ocorrem nas "bursas" subcutâneas superficiais, sendo mais frequentes as bursites pré-patelares e olecranianas. Os tendões são compostos por fibras colágenas densas, paralelas, e por fibroblastos. Sua principal função é ligar o músculo ao osso tornando-se mais eficiente, pois concentra a sua ação sobre uma pequena área. As inflamações agudas ou crônicas dos tendões e de suas baínhas (tenossinovite), tal como as bursites, frequentemente são desencadeadas pelos traumatismos, geralmente associados aos movimentos repetitivos, realizados em posições posturais inadequadas, ou que requeiram o uso de força. Ao exame clínico, podemos detectar discreto edema e calor local, com crepitação, diminuição de força e espessamento ao longo do curso da unidade músculo-tendinea comprometida. Algumas tenossinovites podem se associar a processo estenosante da bainha tendinosa, como na tenossinovite dos flexões dos dedos das mãos (dedos em gatilho), dos tendões do longo abdutor do polegar e extensor curto do polegar (síndrome de De Quervain), ou ainda nos processos inflamatórios da goteira intertubercular da cabeça do úmero (tendinite do cabo longo do biceps). O acometimento séptico de tendões e baínhas e frequente na doença gonococica disseminada e, mais raramente, pode ocorrer na tuberculose, esporotricose, toxoplasmose e micobacterioses atipicas.
Entesopatias: A êntese, local de inserção de um ligamento ou músculo no osso, está comprometida numa grande variedade de patologias. Esses pontos apresentam terminações nervosas especiais e o osso onde se inserem fibras dos ligamentos, tendões ou muúsculos não são reconhecidos por periósteo. As fibras tendinosas passam diretamente para dentro das fibras de Sharpey do osso: nota-se que o tendão se alarga e se prende diretamente em leque na zona de inserção com cartilagem hialina interposta. Durante o movimento as ênteses são expostas a grandes sobrecargas mecânicas. Freqüentemente esses pontos são agredidos em atividades desportivas e programas de condicionamento físico inadequados. Os locais mais acometidos pelos traumas diários e movimentos repetidos que levam a quadros de entesites são o epicôndilo lateral do úmero ("tennis elbow"), o epicôndilo medial ("golf elbow"), a entesopatia da pata de ganso, entesopatia retrocalcãnea e subcalcânea, entre outras.

REUMATISMOS DE PARTES MOLES REGIONAIS
Utilizamos a expressão "reumatismos regionais" para enquadrar as queixas clínicas de dores referidas e irradiadas a um limitado número de esclerotomos. Envolvem o comprometimento de raízes e terminações nervosas e, geralmente, estão associados a vícios posturais ou dinâmicos ou a alterações anatômicas estruturais. Assim, incluímos nessa categoria, os quadros miofasciais e as neuropatias por compressão.

REUMATISMO DE PARTES MOLES GENERALIZADO
Nessa categoria incluimos as algias generalizadas e difusas como as encontradas na fibromialgia, na fase prodrômica das doenças difusas do tecido conectivo, na polimialgia reumatica, algumasendocrinopatias, nas entesopatias inflamatórias primárias e metabólicas.

BIBLIOGRAFIA: http://www.portaleducacao.com.br/fisioterapia/artigos/1378/reumatismos-de-partes-moles

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Diabetes ( Tipo I e Tipo II)

Quando não tratada adequadamente, causa doenças tais como infarto do coração, derrame cerebral, insuficiência renal, problemas visuais e lesões de difícil cicatrização, dentre outras complicações.
Embora ainda não haja uma cura definitiva para o Diabetes, há vários tratamentos disponíveis que, quando seguidos de forma regular, proporcionam saúde e qualidade de vida para o paciente portador.

SINAIS E SINTOMAS:

A tríade clássica dos sintomas da diabetes:[1]
poliúria (pessoa urina com frequência),
polidipsia (sede aumentada e aumento de ingestão de líquidos),
polifagia (apetite aumentado).
Pode ocorrer perda de peso. Estes sintomas podem se desenvolver bastante rapidamente no tipo 1, particularmente em crianças (semanas ou meses) ou pode ser sutil ou completamente ausente — assim como pode se desenvolver muito mais lentamente — no tipo 2. No tipo 1 pode haver também perda de peso (apesar da fome aumentada ou normal) e fadiga. Estes sintomas podem também se manifestar na diabetes tipo 2 em pacientes cuja diabetes é mal controlada.

ALGUMAS DIFERENÇAS:
Diabetes tipo I
 É uma doença autoimune, cujo sistema imune ataca as células beta do pâncreas, produtoras de insulina, lesando-as irreversivelmente. Normalmente se inicia na infância ou na adolescência, caracterizando-se pelo déficit de insulina e, não está associada a obesidade. A incidência da DM I é cerca de 1 em 20 pessoas diabéticas, os indivíduos que sofrem dessa doença necessitam de injeções diárias de insulina.

Diabetes tipo II
 Não é uma doença autoimune e sim, a combinação de uma deficiência na secreção de insulina e de resistência periférica à insulina (redução da capacidade da insulina de estimular a captação de glicose). Embora a resistência à insulina pareça ser hereditária, a obesidade contribui para seu desenvolvimento. Ocorre mais frequentemente em indivíduos adultos (geralmente, acima dos 30 anos).

Citando e Explicando FISIOLOGICAMENTE 1 benefício do exercício para o diabetes tipo I e II.

 Há benefícios na glicose sanguínea, vai ocorrer um aumento da sensibilidade e uma diminuição da resistência a insulina por aumento na captação da glicose sanguínea e diminuição da síntese hepática. O tipo de exercício recomendado para esses pacientes é o aeróbico (caminhada, bicicleta, natação, em geral, de baixo impacto). Para pacientes com DMID (tipo I), o treinamento deve ser realizado diariamente, para auxiliar no padrão da dieta – monitorando os níveis de glicemia antes e depois do exercício, pois, vai causar um aumento da glicose plasmática, acelerando a formação dos corpos cetônicos. Já a DMIND (tipo II), a maior freqüência do treinamento (de moderada intensidade e baixo impacto),vai melhorar a hemoglobina glicolisada e a secreção da insulina auxilia no controle do peso e no tratamento para diabetes, os primeiros estágios devem ser de curta duração e gradualmente progressivos.

BIBLIOGRAFIA:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Diabetes_mellitus
(esse site é muitooooo legal)

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

PRP (Plasma Rico em Plaquetas)

Cerca de 20 jogadores de futebol profissionais e talvez centenas de atletas amadores também recorreram ao procedimento que está revolucionando a ortopedia mundialmente: o PRP- Plasma Rico em Plaquetas. O maior atrativo, dizem os especialistas, é que a técnica ajuda a regenerar ligamentos e fibras de tendões, o que pode reduzir o período de reabilitação e assim evitar a necessidade de cirurgia. Os resultados iniciais são bastante promissores em relação aos tratamentos ortopédicos em medicina esportiva. Através de um método simples utiliza-se as plaquetas do próprio paciente (método autólogo) conseguindo melhorar, acelerar e até curar a grande maioria das lesões ortopédicas como, por exemplo, tendinites, lesões musculares, não generação cartilaginosa, meniscal e ligamentares, além de acelerar a consolidação de fraturas. Os resultados iniciais promissores do método estão assegurando aos especialistas em medicina esportiva e ortopédica que a terapia de plaquetas ricas em plasma, um método de tratamento bastante simples de utilizar, pode resultar em melhorias no tratamento de lesões persistentes como tendinites e problemas de articulação de cotovelos e joelhos que afligem mais de 50% da população ocidental. O método, desenvolvido por dentistas há oito anos em Barcelona, na Espanha, começou também a ser usado por ortopedistas do mundo inteiro, chegando ao Brasil há quatro anos pelas mãos do médico baiano Roberto Dória. Desde que chegou ao Brasil o PRP já beneficiou as atrizes Cláudia Raia, Glória Menezes e Tarcísio Meira, Ângela Vieira, Leandra Leal, Isabella Garcia e bailarinos como Cecília Kerche, além de centenas de atletas. O PRP consiste na injeção de componentes do sangue do paciente diretamente na área lesionada, o que estimula a regeneração local do corpo repara músculos, ossos e outros tecidos. O maior atrativo, dizem os pesquisadores, é que a técnica ajuda a regenerar as lesões ortopédicas, o que pode reduzir o período de reabilitação e assim evitar a necessidade de cirurgia. O plasma rico em plaquetas é produzido por meio da punção venosa de uma pequena quantidade de sangue do paciente, que é submetida à filtragem ou processada em uma centrífuga de alta velocidade que separa os glóbulos vermelhos das plaquetas, que são responsáveis por liberar as proteínas e outras partículas envolvidas no processo de cura que o corpo mesmo conduz. Em seguida, a substância remanescente é injetada diretamente na área danificada. A alta concentração de plaquetas - 10 vezes o volume normalmente presente no sangue - catalisa o crescimento de novas células.

Pontos favoráveis:
Não existe chance de rejeição ou de reação alérgica, porque a substância é autóloga, o que significa que vem do corpo do paciente; a injeção porta risco muito menor de infecção do que uma incisão, e não deixa cicatriz; a sessão de tratamento dura apenas 30 minutos, e o tempo de recuperação posterior é consideravelmente mais curto que o necessário a uma recuperação pós-cirúrgica.

O procedimento que custa em torno de R$ 3 mil por aplicação - ante o custo de R$ 20 mil a R$ 30 mil de uma cirurgia -, não tem ainda a aceitação dos planos de saúde e os recipientes que colhem o sangue são muito caros.

BIBLIOGRAFIA:
http://www.educacaofisica.com.br/noticias_mostrar.asp?id=7190

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Hérnia de Disco

A coluna vertebral é composta por vértebras, em cujo interior existe um canal por onde passa a medula espinhal ou nervosa. Entre as vértebras cervicais, torácicas e lombares, estão os discos intervertebrais, estruturas em forma de anel, constituídas por tecido cartilaginoso e elástico cuja função é evitar o atrito entre uma vértebra e outra e amortecer o impacto.Os discos intervertebrais desgastam-se com o tempo e o uso repetitivo, o que facilita a formação de hérnias de disco, ou seja, a extrusão de massa discal que se projeta para o canal medular através de uma ruptura da parede do anel fibroso. O problema é mais freqüente nas regiões lombar e cervical, por serem áreas mais expostas ao movimento e que suportam mais carga.

Os sintomas mais comuns são: Parestesias (formigamento) com ou sem dor na coluna, geralmente com irradiação para membros inferiores ou superiores, podendo também afetar somente as extremidade (pés ou mãos). Esses sintomas podem variar dependendo do local da acometido.
Quando a hérnia está localizada no nível da cervical, pode haver dor no pescoço, ombros, na escápula, braços ou no tórax, associada a uma diminuição da sensibilidade ou de fraqueza no braço ou nos dedos.
Na região torácica elas são mais raras devido a pouca mobilidade dessa região da colona mais quando ocorrem os sintomas tendem a ser inespecíficos, incomodando durante muito tempo. Pode haver dor na parte superior ou inferior das costas, dor abdominal ou dor nas pernas, associada à fraqueza e diminuição da sensibilidade em uma ou ambas as pernas.
A maioria das pessoas com uma hérnia de disco lombar relatam uma dor forte atrás da perna e segue irradiando por todo o trajeto do nervo ciático. Além disso, pode ocorrer diminuição da sensibilidade, formigamento ou fraqueza muscular nas nádegas ou na perna do mesmo lado da dor.

Causas: Sofrer exposição à vibração por longo prazo combinada com levantamento de peso, ter como profissão dirigir realizar freqüentes levantamentos são os maiores fatores de risco pra lesão da coluna lombar. Cargas compressivas repetitivas colocam a coluna em uma condição pior para sustentar cargas mais altas aplicadas diretamente após a exposição à vibração por longo período de tempo, tal como dirigir diversas horas.

O diagnóstico pode ser feito clinicamente, levando em conta as características dos sintomas e o resultado do exame neurológico. Exames como Raio-X, tomografia e ressonância magnética ajudam a determinar o tamanho da lesão e em que exata região da coluna está localizada.

Tratamento

RMA da Coluna Vertebral
É um programa fisioterapêutico que utiliza técnicas de Fisioterapia Manual, mesa de tração eletrônica, mesa de descompressão dinâmica. Estabilização Vertebral e Exercícios de Musculação. Ele visa melhorar o grau de mobilidade músculo-articular, diminuir a compressão no complexo disco vértebras e facetas, dando espaço para nervos e gânglios, fortalecer os músculos profundos e posturais da coluna vertebral através de exercícios terapêuticos específicos enfatizando o controle intersegmentar da coluna lombar, cervical, quadril e ombro.


Bibliografia:
http://www.herniadedisco.com.br/doencas-da-coluna/hernia-de-disco

sábado, 30 de janeiro de 2010

Distrofia Muscular de Duchenne

A descrição mais completa e acurada da Distrofia Muscular foi feita por Guillaume-Benjamin-Amand Duchenne (1806-75), em 1868. A incidência aproximada é de 1 para cada 3500 nascimentos masculinos. DMD ocorre por um defeito localizado no cromossomo X. O gene da DMD localiza-se no braço curto do cromossomo X. O homem que apresenta um gene defeituoso irá desenvolver a doença visto que ele tem um cromossomo X e um Y. A mulher por ter dois cromossomos X, estará protegida da doença mesmo que um dos seus cromossomos (padrão de herança recessiva) tenha uma mutação, sendo ela portadora; este gene defeituoso poderá ser transmitido pela mulher aos seus filhos do sexo masculino.O gene responsável pela DMD foi clonado em 1986 e identificada a proteína que ele produz, a distrofina, cuja ausência acarreta as alterações musculares. O gene é muito grande e estudos tem identificado uma parte dele que é funcionalmente capaz de produzir distrofina.

Aspectos clínicos – na maioria dos casos, ao colher a história do desenvolvimento motor da criança, encontra-se um atraso na aquisição da marcha, que ocorre por volta dos dezoito meses de idade; porém, os primeiros sintomas da DMD surgem por volta de três a cinco anos de vida, caracterizados por quedas freqüentes, dificuldade em pular, correr, subir escadas ou levantar do chão. São conseqüentes do enfraquecimento proximal e simétrico da musculatura, que ocorre de forma gradual e ascendente, ou seja, iniciando-se em cintura pélvica e membros inferiores havendo após uma progressão para a musculatura do tronco e postural, da cintura escapular e dos membros superiores. A evolução da DMD, decorrente da degeneração muscular, ocorre de tal forma que a criança por volta de sete a treze anos de idade fica incapacitada de realizar a marcha independentemente. Com a necessidade da utilização da cadeira de rodas, os encurtamentos e os problemas posturais se intensificam, ocasionando normalmente uma cifoescoliose e deformidades em flexão de membros superiores e inferiores, conseqüentes das contraturas que ocorrem devido ao posicionamento contínuo na posição sentada e pelo próprio processo da doença. Quando há rotações das vértebras na coluna, conseqüentemente há uma deformidade na caixa torácica, que juntamente com a fraqueza da musculatura, leva a complicações respiratórias repetitivas, sendo estas e o comprometimento cardíaco as causas mais freqüentes do óbito do paciente.

Fisioterapia
Até alguns anos atrás, o tratamento físico da DMD visava preservar e estimular a mobilidade e motilidade (dentro do possível) por meio de “ginástica corretiva, natação, profilaxia de contraturas, combate à inatividade e ao repouso desnecessário no leito. o quê consistia no tratamento não medicamentoso. Contudo, a Fisioterapia é muito mais do que “ginástica corretiva”, “natação” e “combate à inatividade”. A Fisioterapia traça seu tratamento com condutas baseadas em objetivos. Os objetivos da Fisioterapia visam capacitar a criança a adquirir domínio sobre seus movimentos possíveis, equilíbrio e coordenação geral, retardar a fraqueza da musculatura da cintura pélvica e escapular, corrigir o alinhamento postural (em pé, sentado, deitado ou durante os movimentos), equilibrar o trabalho muscular, evitar a fadiga, desenvolver a força contrátil dos músculos respiratórios e o controle da respiração pelo uso correto do diafragma, prevenir o encurtamento muscular precoce. Para atingir essas metas, é proposto um tratamento lúdico para as brincadeiras desses pacientes, pois ainda são crianças e se entediam facilmente. Os procedimentos fisioterapêuticos devem ser adaptados para a faixa etária em que a criança se encontra e visam, principalmente, retardar a evolução clínica e prevenir complicações secundárias (contraturas e deformidades). Em alguns casos, cirurgias corretivas e órteses auxiliam no tratamento(10). São propostos exercícios ativos e isométricos livres. Brincar de boneco de madeira, pois os movimentos são monoarticulares, solicitando a contração de um músculo ou um grupo reduzido de músculos; de 4 apoios, pois fortalece cintura escapular e pélvica. Durante a execução destes exercícios, buscar avaliar a amplitude de movimento (ADM) e força muscular, solicitar contrações isométricas durante os movimentos, e fazer uso da gravidade e do peso do segmento como resistência para o grupo muscular trabalhado. Os exercícios respiratórios propostos incluem motivação como “aspirar a flor” e “apagar a vela”, desde que em decúbito dorsal a 45º de inclinação, sem exceder nem o volume de reserva inspiratório (VRI), nem o volume de reserva expiratório (VRE), sem usar os músculos acessórios, nem fazer resistência à expiração. As atividades nas bolas terapêuticas favorecem o alinhamento e flexibilidade da coluna vertebral, estimulam os mecanoreceptores e proprioceptores articulares, melhoram o tono e a força muscular, coordenação e equilíbrio. O uso de hidroterapia, com métodos adaptados de Halliwick e Bad Ragaz, é um recurso complementar à cinesioterapia em terra, com finalidade de melhorar a força muscular, a capacidade respiratória, as amplitudes articulares e evitar os encurtamentos musculares.

BIBLIOGRAFIA
http://www.distrofiamuscular.net/home.htm
http://www.ufv.br/dbg/trab2002/HRSEXO/HRS004.htm
http://www.unifor.br/notitia/file/433.pdf